quarta-feira, 10 de abril de 2013

Se a culpa é minha, eu ponho em quem eu quiser.


Brasil o país das contradições, o país da fome, o pais da miséria, o país da música sem conteúdo, o país do carnaval, um país de tolos, o país das revoluções sem sangue, o país da impunidade, o país do povo sem instrução, o país onde tudo acaba em pizza o país dos fanfarrões.

Qual destes termos você já utilizou alguma vez? Eu confesso que vários destes jargões eu já utilizei e por várias vezes culpei: políticos, programas de televisão, o povo que não sabe votar cobrar e acompanhar, culpei até mesmo os ditos críticos e intelectuais da mídia, aqueles responsáveis por fazerem as pessoas pensarem através da leitura de seus textos, por escreverem se utilizando de um jargão pouco próximo da realidade de nosso povo e sociedade. Como pode-se ler até este ponto, culpei a várias camadas e setores de nossa sociedade tupiniquim pelo contrate vivido por nós brasileiros.

De fato, todos citados acima tem sua parcela de culpa e responsabilidade pela nossa inexperiência com a educação, pela classe política corrupta, pelo apreço e alta audiência aos programas de televisão de má qualidade enquanto questões importantes não tem apoio popular, pelos programas sociais que não funcionam, pela má qualidade na educação, pela pouca valorização da cultura, pela falta de apreço pela leitura, pela baixíssima valorização de nossos artistas, músicos, escritores, poetas e poetisas, mas, agora vejo que o maior culpado disso tudo sou eu e é você.
Sim, isso mesmo, João nogueira disse:

Todos têm qualquer coisa repetida
Um pedaço de quem nos concebeu
... Se meu pai foi o espelho em minha vida
Quero ser pro meu filho espelho seu.

Sábio João nogueira que de sambista e poeta tinha boa parte do que precisamos.

Aprendemos com exemplos e ao crescermos reproduzimos e cultivamos hábitos e gostos que aprendemos dentro de nossa casa, nossa base cultural e emocional vem de berço, do convívio com nossos pais, tios, tias, avós, padrinhos, primos, primas, amigos, amigas e por ai vai.

Se cuidarmos apenas de nossos filhos, sobrinhos e afilhados ensinando o gosto e o apreço pelas boas coisas, o respeito pelo próximo, à responsabilidade, o cuidado e interesse pelos assuntos da sociedade, a necessidade de cumprir os deveres cívicos com responsabilidade e a seletividade na escolha de seus lideres políticos e religiosos. Se nos tornarmos exemplos para eles em um futuro bem próximo teremos o início de uma sociedade crítica, seletiva em suas escolhas e atitudes e que assume e toma para si a responsabilidade pelo futuro e direção de seu país. Não creio que precisamos criar revoluções sangrentas ou guerras para dar um rumo melhor ao nosso país, pois, hoje desfrutamos de uma alta liberdade e acesso as ferramentas necessárias para boa parte de toda mudança: o conhecimento... Basta a consciência de que todos somos responsáveis

Se esta consciência de que todos somos responsáveis nos estimular a trabalhar pelo semear à semente da reflexão, da análise, do se importar com o próximo e com o amanhã, se hoje semearmos esta semente nas crianças e digo apenas as que estão próximas de nós, como: nossos irmãos pequenos, sobrinhos, sobrinhas, afilhados ou alunos, se semearmos esta semente e cultivamos com um pouco de atenção em um futuro próximo por si só ela dará o seu próprio fruto e jovens do futuro terão boa bagagem e experiência para optar pela boa cultura, boa música, pelos políticos corretos, pelos bons programas de televisão, pelas atitudes responsáveis, pelo se importar com o futuro, pelo se importar com seu país e, as coisas vans que hoje são tão mais importantes do que as que realmente importam terão menos valor.

A verdadeira revolução começa dentro de cada um de nós e se espalha dentro de casa.
Quando entendemos que somos parte do problema admitimos que somos parte da solução. 

(Mateus 7.3)

Por: Léo Oliveira.

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