Críticas de um rapaz latino americano que sabe se lamentar.

Não sou fã do big brother, mas na boa, fico irritado com os comentários que postam no Facebook sobre ele. Parece-me algo do tipo, não sabem o que falam, falam, falam e nada se faz para mudar, pelo menos algumas das pessoas que eu conheço.

Ahhh... Francamente, em um país que uma parte consideravel da população prefere ir viajar no feriado de eleição a participar de uma das escolhas mais importantes da nação reclamar de big brother é, mais uma piada como muitas outras que contamos e ouvimos em nossos 500 anos de Brasil.

É irritante ver os comentários sobre o big brother, pois muito falamos e pouco fazemos, criticamos esse programa como se fosse o pior programa já criado ou divulgado pela T.V brasileira, digo nós por que eu também já fiz isso. A humanidade adora viver fora de sua própria realidade e nos brasileiros não somos diferentes, o triste não é ver os comentários sobre o programa e sim que questões importantes não são citadas ou questionadas.  

Oras, e os shows sanguinários dos gladiadores, os enforcamentos e execuções em praças públicas na idade média, nos mantendo em nossa época e no Brasil, as revistas e programas de fofoca por que será que fazem tanto sucesso, o carnaval, melhor ainda, e as novelas não são um big brother também?

Penso que pais brilhantes já seriam suficientes para que adolescentes se interessassem mais por livros de boa qualidade a big brother, fico pensando, quantos pais compram livros para seus filhos?  Quantos tiram quarenta minutos de seu dia para ler para seus filhos? Quantos vão às reuniões da escola ou acompanham o dever de casa de seus filhos diariamente?

Posso estar errado, mas parece que o interesse de dar para o filho o celular, o vídeo game da última geração, a viajem para o parque de diversões com a maior montanha russa do estado, do país ou do continente, fazem pais terceirizarem a educação de seus filhos para professores, avós e babás.

Quantos escritores no Brasil podem viver apenas de seus livros? Quantos atores podem se dedicar totalmente ao teatro e faze dessa arte sua única profissão e paixão?

Pois bem, pelo visto nós brasileiros não valorizamos a arte e a cultura a ponto de falar com propriedade sobre tais coisas.

Mas como este é o meio mais democrático que existe e, cada um escreve o que pensa e ler o quem quer, também vou criticar e dar a minha opinião sobre as coisas, e quem tiver olhos para ler que leia. Talvez ainda estamos amadurecendo o nosso senso crítico e, no futuro quando tivermos mais tempo de democracia, maior tempo de estudo e uma quantidade maior de universidades públicas os interesses mudem.

Agora eu que também sou um rapaz latino-americano que sabe se lamentar, resolvi dar uma queixadinha e fim de papo.

Por: Léo Oliveira.

*Foto retirada do site: "http://mulher.uol.com.br"

Recomendo a leitura desta nota em:
http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2012/10/12/delegar-a-criacao-dos-filhos-a-babas-pode-dificultar-vinculos-entre-criancas-e-pais.htm